Oxicodona
Oxicodona Alerta sobre risco à saúde | |
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Nome IUPAC | (5R,9R,13S,14S)-4,5α-epoxy-14-hydroxy-3-methoxy-17-methylmorphinan-6-one |
Identificadores | |
Número CAS | |
PubChem | |
DrugBank | DB00497 |
ChemSpider | |
Propriedades | |
Fórmula química | C18H21NO4 |
Massa molar | 315.34 g mol-1 |
Farmacologia | |
Metabolismo | hepático[1] |
Página de dados suplementares | |
Estrutura e propriedades | n, εr, etc. |
Dados termodinâmicos | Phase behaviour Solid, liquid, gas |
Dados espectrais | UV, IV, RMN, EM |
Exceto onde denotado, os dados referem-se a materiais sob condições normais de temperatura e pressão Referências e avisos gerais sobre esta caixa. Alerta sobre risco à saúde. |
Oxicodona é um fármaco opioide analgésico potente, análogo semi-sintético da morfina, derivado da tebaína. É um agonista puro, com afinidade forte pelos receptores opioides mu.[1] Sua potência é duas vezes superior à da morfina.[1]
É um medicamento indicado no tratamento da dor de intensidade moderada a intensa,[2][3] podendo ser associado a analgésicos não-opioides ou outras medicações adjuvantes.[4]
Foi sintetizada em 1916 na Alemanha por Martin Freund e Edmund Speyer e introduzida no mercado farmacêutico com a marca Eukodal® e Dinarkon®.[3] Seu nome químico é derivado da codeína, pois as suas estructuras químicas são bastante semelhantes.
Em Portugal, encontra-se listado na Tabela I-A, restrito e sujeito a receita médica especial.
Mecanismo de ação[editar | editar código-fonte]
Age por agonismo opioide. Atua nos receptores opioides tipo µ, kappa e delta, com efeito analgésico, ansiolítico e sedativo.[5] Metaboliza-se em noroxicodona, oximorfona, noroximorfona e seus glucorunídeos.
Efeitos adversos[editar | editar código-fonte]
Os efeitos adversos mais comuns são: obstipação (ou constipação) intestinal; náuseas; sonolência; vertigem; vómitos; prurido; dor de cabeça; secura na boca; suor excessivo; cansaço ocorre em aproximadamente 5% dos pacientes que utilizam o medicamento.[2]
Algumas reações graves podem ocorrer como a apneia, depressão respiratória e circulatória, pressão baixa e choque.[2]
Interações[editar | editar código-fonte]
- Fenotiazínicos[6]
- Outros opioides[6]
- Relaxantes musculares[6]
- Antidepressivos tricíclicos[5]
- Anestésicos[5]
- IMAO[5]
- Quinidina[5]
- Paroxetina[5]
- Fluoxetina[5]
- Cimetidina[5]
Marcas[editar | editar código-fonte]
No Brasil, o fármaco pode ser encontrado em 2 marcas:
- Oxypynal, de liberação prolongada, em doses de 10mg/20mg
- OxyContin, de liberação prolongada, em doses de 10mg/20mg/40mg
Uso na gravidez e lactação[editar | editar código-fonte]
O fármaco passa para o leite materno. O uso em grávidas não é realizado devido à probabilidade de depressão respiratória do neonato e interferência na contrabilidade do útero.[5]
Superdose[editar | editar código-fonte]
A superdose do fármaco pode induzir a uma depressão respiratória, sono e até estado de coma. São antídotos: naloxona ou nalmofene.[2]
Oxycontin[editar | editar código-fonte]
A oxicodona foi comercializada nos EUA com o nome de Oxycontin pela Purdue Pharma, da milionária e famosa família Sackler conhecida por enormes doações para museus por todo o mundo. A controversa fotógrafa Nan Goldin criou o movimento P.A.I.N. para responsabilizar e levar aos tribunais a família Sackler pelas mortes causadas pela epidemia causada pela venda deste terrível fármaco . Ao fim de 4 anos conseguiu que muitos museus por todo o mundo deixassem de aceitar doações desta família.
Referências[editar | editar código-fonte]
- ↑ a b c SILVA, Gilson Edmar Gonçalves. VALENÇA, Marco Otávio Saraiva. Neurologia clínica. Editora UFPE.
- ↑ a b c d «Bula do OXYCONTIN» (PDF). Consultado em 13 de maio de 2011. Arquivado do original (PDF) em 21 de outubro de 2012
- ↑ a b SNEADER, Walter. Drug discovery: a history. Wiley, 2005.
- ↑ MEDICAMENTOS LEXI-COMP MANOLE
- ↑ a b c d e f g h i Vademecum.es. Oxicodona. Acesso em 12 de maio de 2011
- ↑ a b c P.R. Vademecum. Oxicodona[ligação inativa]. Acesso em 12 de maio de 2011