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Marku Ribas

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Marku Ribas.
Informação geral
Nome completo Marco Antonio Ribas
Também conhecido(a) como Marku
Nascimento 19 de maio de 1947
Origem Pirapora, Minas Gerais
País  Brasil
Morte 6 de abril de 2013 (65 anos)
Gênero(s) música popular brasileira, soul, funk, rock, baião, reisado
Ocupação(ões) cantor, percussionista, compositor
Instrumento(s) vocal e violão

Marco Antonio Ribas mais conhecido como Marku Ribas (Pirapora, 19 de maio de 1947Belo Horizonte, 6 de abril de 2013) foi um cantor, compositor, ator, dançarino e percussionista brasileiro.[1]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Filho de pai negro e mãe descendente de índios caiapós, Marku nasceu em Pirapora, interior de Minas Gerais, e iniciou a carreira em 1962, tocando bateria e cantando no grupo Flamingo. Cinco anos depois, em 1967, mudou para São Paulo com o amigo e parceiro Deo, juntos lançam o LP Deo & Marco, pela Gravadora Continental. No mesmo ano, participa do 2º Festival Internacional da Canção (FIC), no Rio de Janeiro, com a música Canto Certo. A canção foi rebatizada anos depois e regravada por Alcione, agora com o nome de Alerta Geral.[2] A letra dessa canção sofreu censura por parte dos militares, até que, incomodados com o teor das letras, em outubro de 1968 prendem Marku, que após sair da prisão, se exilou em Paris, onde participou do filme, Quatre Nuit D'une Revêur (1971), de Robert Bresson.[2][3]

Seu estilo característico possui diversos elementos, entre eles: soul, samba, samba rock, jazz, funk, reisado, batuque e ritmos africanos.[4][5]

Em 1985, Ribas participou do álbum Dirty Work da banda britânica Rolling Stones, participando também do clip de Just Another Night, da banda britânica.[6][7] Participou em vários filmes nacionais, entre eles, "Uma onda no ar" e "Batismo de Sangue" (como Carlos Marighella), de direção de Helvécio Ratton.[3][8][9]

Marku inovou ao utilizar o próprio corpo como instrumento de percussão. Em sua voz harmonias e melodias improvisadas em qualquer ritmo, o seu estilo de cantar e inventar palavras e frases com diferentes sonoridades influenciou e continua a influenciar diferentes gerações de músicos de diferentes estilos. Ativista político declarado na luta por direitos sociais e contra o racismo, no auge do sucesso comercial de sua carreira, com o sucesso do samba rock e da soul music brasileira, rompe com as gravadoras multinacionais e parte para uma carreira independente. Afastado da mídia nacional, idos de 2001 é redescoberto e apadrinhado por Ed Mota. Lançou seu último álbum, 4 Loas, em 2010.[6]

Morte[editar | editar código-fonte]

Marku Ribas faleceu na noite de sábado de 6 de Abril de 2013, aos 65 anos, em decorrência de um câncer no pulmão. Ribas foi diagnosticado com câncer no pulmão em 2012 e estava com metástase. Foi internado no Hospital Lifecenter, em Belo Horizonte, onde morreu, deixando a esposa, Maria de Fátima Ribas, e duas filhas, Lira e Julia Ribas.[1][10]

Discografia[editar | editar código-fonte]

  • (2015) Marku Ribas - Mais Samba - Ultra Music - CD
  • (2013) MARKU 50 - BOX (2cds/1dvd) CD: Paris, 1970, CD: Parda Pele (1997), DVD: ATAVU (Doc) - Ultra Music - CD/DVD
  • (2010) 4 Loas (Marku Ribas) - Tratore - CD
  • (2007) Zamba Ben (Marku Ribas) – compilação - Universal Music – CD
  • (2006) Alabê de Jerusalém (Altay Veloso) – participação – CD, DVD
  • (2005) Rei Congo (Jairo de Lara) - participação - CD
  • (2005) Bambas & Biritas (Bid) – participação - MCD World Music - CD
  • (2001) Erasmo & Amigos (Erasmo Carlos) – participação - Universal Music - CD
  • (2001) Swing & Samba-Rock (Clube do Balanço) – participação – CD
  • (2000) Folias do Brasil (Dércio Marques) – participação - Independente – CD
  • (1999) Mundial People (Omeriah) – participação - Ragah Records/RGE – CD
  • (1998) A alma do povo (Rubinho Vale) - participação – CD
  • (1992) Autóctone (Marku Ribas) – Independente – LP
  • (1991) Festival Carrefour de MPB (vários artistas) – participação – Independente - LP
  • (1983) Marku (Marku Ribas) – Independente – LP
  • (1981) Sambarock – O som dos Blacks (vários artistas) – participação – LP
  • (1980) Mente e coração (Marku Ribas) - Philips - LP • Philips
  • (1979) Cavalo das alegrias (Marku Ribas) - Philips - LP
  • (1979) I Festival dos Estudantes Programa Flávio Cavalcanti (vários artistas) – participação – LP
  • (1979) As 14 demais vol. 3 (vários artistas) – participação - Polyfar/Philips – LP
  • (1979) Nossa seleção de samba (vários artistas) – participação – Philips – LP
  • (1979) Programa especial vol. 2 (vários artistas) - participação - Polyfar/Philips – LP
  • (1978) Barrankero (Marku Ribas) - Philips - LP • Philips
  • (1977) Tim Maia e convidados (vários artistas) – participação – Copacabana - LP
  • (1976) Underground (Marku Ribas) - Copacabana - LP
  • (1976) Marku (Marku Ribas) – Copacabana – LP
  • (1973) 14 Maiorais nº 19 (vários artistas) – participação – Copacabana - LP

Referências

  1. a b «Morre o compositor, cantor e instrumentista Marku Ribas». Folha de S. Paulo. Consultado em 30 de julho de 2019 
  2. a b «Marku Ribas». Enciclopédia Itau Cultural. Consultado em 30 de julho de 2019 
  3. a b «Marku Ribas». Itaú Cultural (em inglês). Consultado em 30 de julho de 2019 
  4. «Paul McCartney e Marku Ribas são destaques do programa Alto Falante». TV Brasil. 5 de fevereiro de 2010 
  5. Tem mais samba: das raízes à eletrônica. [S.l.]: Editora 34. 2003. 301 páginas. 9788573262872 
  6. a b «Morre o cantor e compositor Marku Ribas». Rolling Stone. Consultado em 30 de julho de 2019 
  7. Nelio Rodrigues,Jose Emilio Rondeau. Sexo, Drogas e Rolling Stones. [S.l.]: Agir Editora. 241 páginas. 9788522009329 
  8. Batismo de Sangue, acesso em 20 de julho de 2016.
  9. 'Batismo de Sangue' conta a história do envolvimento de frades dominicanos na luta contra o regime militar, acesso em 20 de julho de 2016.
  10. «Morre o compositor, cantor e instrumentista Marku Ribas». Diário de Guarapuava 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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