Saltar para o conteúdo

Isaque de Restúnia

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Isaque
Morte 386
Etnia Armênio
Religião Catolicismo

Isaque (em armênio/arménio: Սահակ; romaniz.: Sahak) foi um clérigo armênio do século V, ativo durante o reinado do Isdigerdes II (r. 438–457).

Nome[editar | editar código-fonte]

Isaque ou Isaac são formas lusófonas derivadas do latim (Isaac) e grego (Ἰσαάκ, Isaák). Originaram-se no hebraico Ixaque (יצחק, Yiṣḥāq), "que Ele o estime".[1] Foi registrado em armênio como Saaque (Սահակ, Sahak).[2]

Contexto[editar | editar código-fonte]

Dracma de Vararanes V (r. 420–438)
Dracma de Isdigerdes II (r. 438–457)

Em 428, os nacarares da Armênia peticionaram ao xainxá Vararanes V (r. 420–438) para que destronasse o rei Artaxias IV (r. 422–428) e abolisse a dinastia arsácida. Para governar o país, Vemir-Sapor foi nomeado como marzobã e e Vaanes II foi designado à tenência real.[3] Vemir-Sapor morreu em 442, após uma administração considerada justa e liberal, na qual conseguiu manter a ordem sem ferir o sentimento nacional de frente. Vasaces I substituiu-o como marzobã.[4] Vararanes permitiu a manutenção do cristianismo, enquanto procurava acabar com a influência do Império Bizantino sobre a Igreja da Armênia ao anexá-la à Igreja do Oriente. Contudo, seu filho e sucessor, Isdigerdes II (r. 438–457), era um pietista masdeísta e se comprometeu a impor o masdeísmo na Armênia.[5]

Vida[editar | editar código-fonte]

Isaque era bispo em Restúnia, o apanágio da família Restúnio. Em 444, participou no Sínodo de Saapivã reunido pelo católico José I [6][7] e foi um dos clérigos que responderam ao édito do xá que impunha o zoroastrismo na Armênia.[8] Depois, esteve entre os clérigos e nobres que foram à corte de Ctesifonte para se encontrar com o xá.[9] Quando eclodiu a revolta de Vardanes II contra a autoridade sassânida, foi um dos sacerdotes presos em fortes de Siracena por Vasaces I.[10] Em 451, com o fracasso da rebelião, foi um dos clérigos presos sob ordens de Isdigerdes na Hircânia e faleceu em exílio.[11] Enquanto esteve na corte sassânida, foi interrogado por ter destruído um templo de fogo em Restúnia e foi o único dos clérigos armênios deportados que era fluente em persa.[12]

Referências

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Ačaṙyan, Hračʻya (1942–1962). «Սահակ». Hayocʻ anjnanunneri baṙaran [Dictionary of Personal Names of Armenians]. Erevã: Imprensa da Universidade de Erevã 
  • Eliseu, o Armênio (1982). Thomson, Robert W., ed. History of Vardan and the Armenian War. Cambridge, Massachussetes: Harvard University Press 
  • Grousset, René (1973) [1947]. Histoire de l'Arménie: des origines à 1071. Paris: Payot 
  • Lázaro de Farpe (1985). Bedrosian, Robert, ed. Ghazar P'arpec'i's History of the Armenians. Nova Iorque: Sources of the Armenian Tradition